sexta-feira, 10 de abril de 2009

A BELA ADÉLIA PRADO - UM PUQUINHO DE POESIA


Ela já me chega só com presença(apertada a imensidão dos olhos)não precisa de palavrinha escolhidafeijão espalhado no versofervurinhas de senhora e espanto.Era menina lá na casa de vovóna vez em que o cheiro de bolo transbordou a cozinhae eu me amanheci todanem conhecia poesiaesse bicho que alimenta cheirosomuito mais que amor.Quando toco em sua divindadereconheço que pecar tem lá suas belezas:um furto bem temperadotoalhas molhadascomidaAjoelhada(como só assim devemos nos dirigir aos deuses)pronuncio seu nome três vezese o escrevo dentro do meu livro esquisitoEstrelas em pânico me espocam enternecidase o céu ganha um contorno roxo, amarelo e lindo.

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