sábado, 7 de novembro de 2009

Machismo

Uniban expulsa aluna assediada por usar vestido curto em aula
Universidade diz que atitude provocativa da aluna resultou em reação coletiva de defesa do ambiente escolar
SÃO PAULO - A Universidade Bandeirante informou em anúncio publicado em jornais paulistas neste domingo, 8, que decidiu expulsar a aluna Geisy Arruda de seu quadro discente. A estudante do curso de Turismo sofreu assédio coletivo no último dia 22 de outubro por ir ao campus de São Bernardo do Campo da faculdade com um vestido curto. O episódio ganhou repercussão na internet após vídeos do tumulto serem postados no 'You Tube'.

Veja também:
Blog do Guterman: Uniban e o linchamento moral: a culpa é da vítima

No anúncio publicitário, entitulado ' A educação se faz com atitude e não com complacência' a universidade diz que tomou a decisão após uma sindicância interna constatar que a aluna teve uma postura incompatível com o ambiente da universidade, frequentando as dependências da unidade em trajes inadequados. Para a Uniban, Geisy provocou os colegas ao fazer um percurso maior que o habitual, desrespeitando princípios éticos, a dignidade acadêmica e a moralidade.
A universidade afirma ainda que foi constatado que "a atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". A Uniban também criticou o comportamento da imprensa na cobertura do caso. Segundo a universidade, a mídia perdeu a oportunidade de contribuir para um debate 'sério e equilibrado' sobra ética, juventude e universidade.
Segundo as cenas e os depoimentos de presentes, o tumulto começou quando a aluna subia por uma rampa até o terceiro andar e os alunos começaram a gritar. Ela ficou trancada em uma sala e, com a ajuda de um professor e colegas, chamou a polícia, que a escoltou até a saída da universidade.
De acordo com a estudante, em entrevista concedida ao estadao.com.br no último dia 30, o episódio começou "como uma grande brincadeira". Vestida para uma festa que iria naquele noite, ela conta que no início arrancou muitos elogios com seu visual, mas a situação aos poucos inverteu. No intervalo das aulas, um "verdadeiro coral ridículo de gritos de puta" a acompanhou até que deixasse o prédio.
Fonte: Site do jornal O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Alimentos

Países pobres pagam mais por comida, apesar de baixa no preço
Segundo estudo da ONU, alimentos nos países em desenvolvimento estão 80% mais caros do que há um ano

SYDNEY - Os preços dos alimentos subiram nos países em desenvolvimento, apesar da queda dos preços mundiais causada pela crise econômica global, revelou nesta segunda-feira, 26, na Austrália, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.
Josette Sheeran, diretora da agência, explicou que a mudança climática elevou os custos dos combustíveis e isto reduziu os salários. "Apesar dos preços terem caído nos mercados globais, nos países em desenvolvimento os preços dos alimentos estão 80% mais altos que há um ano", declarou Sheeran.
Recém-chegada das Filipinas, a diretora da PMA disse que naquele país asiático uma colheita de 1,1 milhão de toneladas de arroz corre o risco de ser perdida por causa dos tufões e ressaltou que atualmente os desastres naturais são mais frequentes e destrutivos que no passado.
No mundo há 1,020 bilhão de pessoas famintas. "Uma em cada seis pessoas no mundo acorda sem saber se poderá comer", disse Sheeran em entrevista coletiva.
A Austrália assinou nesta segunda-feira um acordo com o PMA para doar US$ 130 milhões (84,5 milhões de euros) nos próximos quatro anos para auxiliar na alimentação de crianças em escolas do Sudeste Asiático, África e possivelmente América do Sul.
Fonte - Agência Efe - publicado em 26 de outubro por O Estado de S. Paulo

Fome

Número de famintos ultrapassou 1 bilhão em 2009, diz ONU


Crise dos alimentos e recessão econômica provocaram maior flagelo da fome registrado em quatro décadas




ROMA - A combinação de crise dos alimentos e recessão econômica mundial fez o número de pessoas com fome ultrapassar a marca de 1 bilhão em 2009, informaram nesta quarta-feira, 14, vários organismos da ONU, confirmando uma sombria previsão.


A Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) disseram que 1,02 bilhões de pessoas - aproximadamente 100 milhões a mais do que no ano passado - sofrem desnutrição em 2009, o número mais elevado em quatro décadas.


"O número crescente de pessoas famintas é intolerável", disse o diretor geral da FAO, Jacques Diouf, na apresentação anual sobre a fome no mundo. "Temos os meios técnicos e econômicos para fazer desaparecer a fome, o que é falta é uma vontade política mais forte para erradicar a fome para sempre", afirmou.

O aumento do número de pessoas famintas não é resultado de más colheitas, mas se deve ao alto preço dos alimentos - particularmente nos países em desenvolvimento -, a salários mais baixos e ao desemprego.

Mesmo antes da recente combinação da crise dos alimentos e recessão, o número de desnutridos tem aumentado de forma sustentável na última década, revertendo os progressos da década de 80 e começo da de 90. Os países que integram o G-8 prometeram em julho 20 bilhões de dólares em três anos para ajudar as nações pobres a se alimentarem, redirecionando o foco para o desenvolvimento agrícola a longo prazo.

Essa decisão gerou algumas preocupações de que a ajuda de emergência em alimentos poderia reduzir-se como resultado. O PMA arrecadou 5 bilhões de dólares para alimentar os pobres quando a alta dos preços dos alimentos entre 2006 e 2008 deflagrou conflitos em alguns países. Neste ano, a arrecadação foi de 2,9 bilhões de dólares, e o programa teve que reduzir as porções de alimentos ou reduzir suas operações em lugares como Quênia e Bangladesh.

A FAO e o PMA defendem uma abordagem do problema a partir de ambos enfoques, dizendo que o investimento a longo prazo no desenvolvimento da agricultura não deve levar à diminuição das iniciativas de curto prazo para lutar contra a fome por escassez repentina de alimentos.

Fonte: Agência Reuters - publicado em 14 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

Miséria

RN paga o 6º pior salário do país aos professores

O portal de notícias G1 publicou ontem um estudo baseado em uma pesquisa do Ministério da Educação (MEC), onde é apontado que o Rio Grande do Norte paga o sexto pior salário a professores do ensino básico. Ainda segundo a pesquisa, dezesseis estados do país pagam salários inferiores à média nacional. Os dados do MEC foram coletados no ano de 2008, focando os salários pagos a professores das redes estaduais e municipais de todos o país.
A média salarial calculada foi de R$ 1.527 mensais. A média do Rio Grande do Norte, segundo o G1, é de R$ 1.232. O pior salário é pago por Pernambuco, de apenas R$ 982 e o melhor, pelo Distrito Federal: R$ 3.360. No ranking estabelecido pela pesquisa, os oitos piores salários são pagos por estados nordestinos. O único que escapa, ultrapassando inclusive a média nacional é Sergipe, com o salário de R$ 1.611. Abaixo do Rio Grande do Norte estão Ceará, Bahia, Piauí, Paraíba e Pernambuco. Estão acima Alagoas e Maranhão.
Os valores salarias obtidos já contam com gratificações e consideram a renda para a carga horária de 40 horas semanais. O secretário estadual de Educação, Rui Pereira, disse que os dados do MEC, apresentados na matéria do G1 estão defasados, já que, segundo ele, a média salarial no RN agora é de R$ 1293,72. “Como a governadora implementou o plano de cargos, houve uma ascensão vertical e horizontal, melhorando os salários da categoria”.
Ocorre que, mesmo com a média apresentada pelo secretário, o estado continua na mesma posição. Já que acima do RN está Alagoas, com o salário de R$ 1.298. Mas para o secretário, a posição do RN não é de demérito, visto que tem média salarial superior a vários estados nordestinos. “Se você comparar a economia do Ceará, da Bahia e de Pernambuco, estados que estamos superando, não temos uma posição ruim.”

fonte - Tribuna do Norte - Publicação: 17 de Outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Greve da Educação - Ceará-Mirim

Com protesto, Sinte de Ceará-Mirim cobra acordo de greve feito com a prefeitura
Na manhã de hoje, 21, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE/RN) - Regional de Ceará-Mirim realizou um ato público para cobrar do prefeito da cidade, Antônio Peixoto (PR), uma resposta sobre o não cumprimento do acordo da greve de agosto passado. De acordo com a diretoria do sindicato, a pauta de reivindicações não foi atendida no prazo estabelecido pela prefeitura. O ato também teve o objetivo de agendar uma audiência com o prefeito a fim de resolver o impasse.
A diretoria da Regional de Ceará-Mirim, junto com cerca de 20 trabalhadores, concentrou-se na praça ao lado do prédio da prefeitura para pressionar o executivo por uma reunião. Com o auxílio de um carro de som, os manifestantes denunciaram a postura do prefeito Antônio Peixoto de descumprir o acordo de greve. Os pontos principais do acordo eram o pagamento de 10% correspondente ao Plano de Cargos e Salários, que deveria ter sido feito desde janeiro desse ano; apresentação de calendário para a reforma das escolas e compra de material de trabalho para os Auxiliares de Serviços Gerais, além da organização de uma comissão para avaliar a implementação da Insalubridade e do Plano de Cargos dos funcionários da educação.
O ato começou por volta das 8 horas e encerrou-se às 11h, quando a prefeitura marcou uma audiência com o sindicato para a próxima terça-feira, 27, às 9 horas, na sede do poder executivo. A manifestação de hoje serviu para fechar o processo de paralisações das escolas da rede munipal, ocorridas ontem e hoje.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Educação São Gonçalo (RN)

Chapa apoiada pela Conlutas vence eleições da educação em São Gonçalo do Amarante

Na madrugada do último dia 8, quinta-feira, os trabalhadores da educação em São Gonçalo do Amarante (RN) alcançaram uma importante vitória. A Chapa 2 – Oposição na Luta, que disputava contra a atual direção, organizada na Chapa 1 e comandada pela CTB, venceu as eleições do Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE/RN) de São Gonçalo do Amarante. A vitória consolidou o crescimento da oposição na cidade e expressou a vontade de professores e funcionários em combater o governismo da direção do CTB.

A eleição ocorreu durante toda a quarta-feira, dia 7, em dez urnas, sendo duas fixas e oito circulando pelas escolas. A direção do SINTE fez de tudo para atrasar a saída das urnas, dificultando a entrega da diária dos mesários e até escalando motoristas de táxi que não conheciam o roteiro das urnas. Ao todo, foram 578 votos. A Chapa 1 (situação) obteve 174, enquanto a Chapa 2 (Oposição) chegou a marca de 331, alcançando, assim, 70% dos votos. De acordo com a Chapa 2, essa vitória foi uma resposta da categoria contra todo o governismo praticado pela direção do sindicato no últimos anos.

Apoiada pela Conlutas/RN e pelo Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo, a Chapa 2 fez uma campanha bastante politizada, com o objetivo de mobilizar os trabalhadores da educação para enfrentar os ataques do prefeito do município, Jaime Calado (PR), e lutar para arrancar mais conquistas que possam melhorar as condições de vida e trabalho de toda a categoria.

Na opinião de uma das integrantes da Oposição, Socorro Sousa, com esta vitória, o movimento da educação, ao lado do Núcleo do Sindsaúde, terá mais forçar na luta política e econômica contra Jaime Calado e a Câmara Municipal.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Crônica

Mistério

João Paulo da Silva*


É noite. Dois velhos operários conversam num ponto de ônibus. Ainda lembram os estranhos fatos do final dos anos 80. O desaparecimento de um sindicalista. Barba preta, voz rouca, sem o mindinho da mão esquerda. Um mistério.
– Lembra a última vez que ele deu as caras?!
– Lembro. 1989. Também em 94, eu acho. Não tenho certeza. Faz tempo.
– Quase vinte anos. De lá pra cá, nunca mais a gente teve notícia dele.
– É. Se escafedeu. – Lembra o que ele defendia na época? A reforma agrária, por exemplo.
– Claro! Ele dizia: “Nós não vamos fazer reforma agrária, companheiros, nas terras devolutas que querem nos dar na beira das estradas. Nós vamos fazer reforma agrária é na terra dos latifundiários!”.
– Dava gosto ouvir!
– Lembra quando ele falava de não pagar a dívida externa? Romper com o FMI!
– Se lembro! Nada de dinheiro do povo pros banqueiros!
– E nas eleições?! “Trabalhador vota em trabalhador”. Que lema!
– Ali parecia ser um dos nossos. E aquela que ele soltou sobre os patrões terem lucros do século 20 e pagarem salários do século 19?! Que tirada, hein!
– Outros tempos aqueles.
– Tinha também a questão de ser contra as privatizações! E de fazer valer o salário mínimo da constituição!
– Nem me fale! Aquilo sim era política de valorização.
– Lembro dele surgindo nas greves do ABC.
– Por onde será que ele anda hoje, hein?
– Dizem que ele fugiu, morreu, rasgou a própria história. Sei lá.
– Logo ele?!
– Tanto trabalhador confiou no sujeito e ele sumiu assim. E ainda deixou o tal do Luiz Inácio governando, que faz justamente o contrário do que o outro defendia.
– Eu tava pensando aqui: será que esse daí e o outro não são a mesma pessoa? Tô achando muito esquisito esse sumiço.
– Ora, o que é isso?! Seria uma sacanagem com os trabalhadores. Depois de ter confiado numa história de luta a vida inteira, descobrir que ele e o Luiz Inácio são um só seria uma grande decepção. Não, não. Acho que não. Ele deve ter sido raptado por extraterrestres ainda em 89.
– Mas digamos que existisse a possibilidade do Luiz Inácio e ele serem a mesma pessoa.
– Bom, dessa forma, estaríamos diante do maior caso de falsidade ideológica da história desse País.

(*) É jornalista.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Unificação Conlutas/Intersindical

Entidades sindicais realizam seminário para debater unificação de centrais

No último dia 12, sábado, ocorreu em Natal (RN) um importante debate para o futuro da luta dos trabalhadores no país. O Seminário de Reorganização do Movimento Sindical, convocado pela Conlutas, Intersindical, Sindsaúde, Sindbancários, ANEL, Sinte-Umarizal/Ceará-Mirim e outras entidades, reuniu cerca de 120 trabalhadores e dirigentes sindicais, no auditório do Sinpol, para discuitir a construção de uma entidade unitária para a luta da classe trabalhadora no Brasil. O encontro é parte de muitos outros que estão ocorrendo pelo país, com o objetivo de preparar um seminário nacional de reorganização, marcado para novembro desse ano.


Pela manhã, os debatedores discutiram a crise econômica do capitalismo e a crise de direção do movimento sindical. À tarde, o debate se aprofundou sobre a necessidade de unificação da Conlutas com a Intersindical. José Maria de Almeida (Conlutas) e Edson Carneiro "Índio" (Intersindical) discutiram o caráter de uma ferramenta unitária de luta dos trabalhadores, discordando principalmente no ponto sobre quem a nova entidade deveria organizar. Índio defendeu que a entidade fosse apenas uma central sindical. Já Zé Maria argumentou que é preciso organizar todos os trabalhadores do país e que esta central deve ser sindical, popular e estudantil.



Durante o intervalo do seminário, Zé Maria falou sobre a importância do debate e sobre a necessidade de unificação da Conlutas com a Intersindical. Veja o vídeo.




terça-feira, 8 de setembro de 2009

Greve da Saúde em São Gonçalo

Prefeito de São Gonçalo usa truculência contra trabalhadores da saúde


Na manhã de hoje, 8, o prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN, Jaime Calado (PR), revelou mais uma vez como a truculência é uma das marcas de sua administração. Durante uma manifestação pacífica, os servidores da saúde do município, em greve desde o último dia 2, bloquearam a passagem do carro do prefeito, exigindo que ele apresentasse uma proposta sobre a pauta de reivindicações da categoria. Como resposta, Jaime Calado ameaçou processar os trabalhadores que protestavam e ainda permitiu que seu motorista avançasse com o carro sobre os trabalhadores.

As ameaças aconteceram por volta das 11 horas, em frente à Escola Municipal Maria das Neves. Após uma passeata, saída do gancho do Igapó em direção ao posto de saúde do Amarante, os servidores se dirigiram à escola, onde Jaime Calado realizava atividades da prefeitura.

Do lado de fora do prédio, em protesto pacífico, os trabalhadores pediam que o prefeito abrisse uma negociação com a categoria sobre a pauta da greve. Numa demonstração de intransigência e de antidemocracia, Jaime Calado primeiro chamou a polícia para intimidar os manifestantes, afirmando que o protesto estava atrapalhando as aulas. Os servidores resolveram interromper os protestos por vinte minutos até que as aulas terminassem.

Em seguida, ao sair da escola, o prefeito não só ignorou mais uma vez os servidores como também agiu com truculência, permitindo que seu motorista avançasse com o carro sobre uma trabalhadora. Ao final, ainda fez uma clara ameaça: pediu a um de seus assessores para filmar bem o rosto de cada um dos servidores, dizendo que iria processar todos que participaram do protesto. “Filme aí, que eu quero ver a cara de todo mundo. Vou processar um por um.”, ameaçava o prefeito.

Logo depois do protesto, o Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo recebeu uma liminar expedida pelo Juiz Paulo Sérgio da Silva Lima, da 1ª Vara Civil de São Gonçalo, a pedido da prefeitura do município. No documento, o juiz questiona o direito de greve dos servidores da saúde, determinando a paralisação ilegal, mesmo sendo garantido o funcionamento de 30% desse serviço essencial. A liminar ainda determina que, caso a greve não termine amanhã, às 11h30, o sindicato receberá uma multa de R$ 500 mil.

De acordo com o coordenador do Sindsaúde de São Gonçalo, Vivaldo Júnior, o sindicato não vai se intimidar diante das ameaças de Jaime Calado. “O Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo Amarante condena tais práticas truculentas e antidemocráticas do prefeito, que trata os servidores da saúde do município como se fossem criminosos, através de atos de violência e perseguições políticas.”, afirmou.

O Sindsaúde já acionou sua assessoria jurídica para recorrer da decisão judicial que torna a greve ilegal.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Greve da Saúde

Trabalahdores da saúde de São Gonçalo entram em greve amanhã


A partir de amanhã, 2, os trabalhadores da saúde do município de São Gonçalo do Amarante/RN vão cruzar os braços para defender seus direitos, salários e melhores condições de trabalho. É o que garante Vivaldo Júnior, um dos coordenadores do Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sinsdaúde/RN) de São Gonçalo.

De acordo com o coordenador, o prefeito Jaime Calado (PR) rejeitou a pauta de reivindicações dos trabalhadores, afirmando que não poderia atendê-la em virtude da diminuição do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ocasionada pela crise econômica mundial. “O prefeito diz que não tem dinheiro, mas em julho aprovou uma reforma administrativa que criou vários cargos comissionados a um custo de R$ 500 mil reais por mês.”, afirma Vivaldo Júnior.

Ainda de acordo com o sindicato, por mês, apenas com cargos comissionados, o gabinete do prefeito gasta R$ 33.400,00. Já a secretaria de comunicação e a secretaria de saúde consomem, respectivamente, R$ 22.000,00 e R$ 52.600,00. “Um verdadeiro absurdo frente aos salários pagos aos agentes de saúde e de endemias, que recebem R$ 465.”, denuncia Vivaldo.

A pauta da greve da saúde reivindica reajuste de 22,4% na tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS), atualização da gratificação de produtividade em 34% sobre o salário base, aquisição de equipamento de proteção individual, inclusão dos agentes de saúde no PCS e na gratificação de produtividade, além da realização de concurso público para todas as áreas da saúde.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Educação

Oposição Unificada convoca plenária para discutir situação da educação no RN
A Oposição Unificada decidiu convocar, para o próximo dia 29 de agosto, uma plenária com todos os membros do grupo e demais trabalhadores da educação no Rio Grande do Norte. A reunião ocorrerá na sede da Conlutas, na Av. Rio Branco, 762, centro de Natal, a partir das 15 horas. O objetivo da plenária é discutir a situação política da educação, organização, finanças e o Encontro Estadual de Educação da Oposição Unificada.
De acordo com o professor Ilo Fernandes, a ideia também é redobrar os esforços da Oposição na luta contra a direção governista do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN). "Precisamos manter viva a chama dos ideais da Oposição Unificada e dar um basta na descrença e falta de esperança que assola nossa categoria.", afirmou.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

14 de agosto - Dia Nacional de Luta

Protestos e paralisações marcam o dia 14 em Natal


O dia nacional de luta começou cedo para os trabalhadores da capital do Rio Grande do Norte. Pela manhã, por volta das 8 horas, algumas categorias, como correios e bancários, lançaram suas campanhas salariais e paralisaram as atividades por uma hora. Durante as paralisações, os trabalhadores também protestaram contra as demissões, os baixos salários e em defesa dos direitos sociais. Ainda pela manhã, o MST ocupou o prédio do INSS de Natal para prestar solidariedade aos quatro servidores em greve de fome contra perdas salariais. A greve completou 25 dias no dia 14 e cada um dos trabalhadores já perdeu 10 quilos.


Passeata fecha avenida


As paralisações e os protestos ocorridos pela manhã eram a preparação para o grande ato de logo mais. Por volta das 15 horas, centenas de trabalhadores começaram a se concentrar no início da Avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade, para realizar uma passeata. Organizada pela Conlutas, Intersindical, CTB, Força Sindical, CGT, MST e diversos sindicatos, a manifestação reuniu cerca de 1000 pessoas em protesto contra os governos e os efeitos da crise econômica. A CUT foi a única que não compareceu ao protesto.


Com faixas, bandeiras e carros de som, os manifestantes fecharam a avenida e seguiram em caminhada pelas ruas do centro até o Calçadão da Rua João Pessoa, onde o ato foi encerrado. Durante o protesto, muitas palavras-de-ordem podiam ser ouvidas. “Crise econômica, não pago não! Quero dinheiro pra saúde e educação!” e “Pra banqueiro é bilhão! E para o povo é só gripe e demissão!”, eram as mais cantadas. A corrupção no Senado também foi alvo de protestos. Muitos manifestantes exigiam o “Fora Sarney” e a constituição de uma câmara parlamentar única com mandatos revogáveis.


“Os culpados pela crise têm nome”


Ao contrário das centrais sindicais governistas, a Conlutas não poupou denúncias ao governo Lula, principal responsável pelos ataques aos trabalhadores. Alexandre Guedes, dirigente da Conlutas no estado, culpou Lula pelas mais de 800 mil demissões no país. “O governo Lula até agora só tomou medidas para salvar os banqueiros da bancarrota. Mas não tomou nenhuma medida para evitar as demissões e impedir que a classe trabalhadora pague os prejuízos. Nós acreditamos que os trabalhadores têm que ter uma saída para a crise e essa saída precisa ser socialista.”, defendeu.


Ao final do ato, o clima entre os estudantes e trabalhadores era de que o primeiro passo para construir uma jornada de greves havia sido dado.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

14 de agosto: dia nacional de luta

Sinte/RN Umarizal chama protesto para amanhã

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte – Regional Umarizal convocou para amanhã, 14 de agosto, um ato público para protestar contra o desemprego, os baixos salários, a corrupção no Senado e a criminalização dos movimentos sociais. O chamado foi feito a todas as categorias de trabalhadores e organizações sociais do município que desejem lutar contra os efeitos da crise econômica e em defesa da valorização dos trabalhadores e do serviço público.

A concentração do ato será às 8 horas, em frente às escolas estaduais Zenon de Souza e 11 de Agosto. A manifestação promete, ainda, sair em passeata pelas ruas da cidade chamando os demais trabalhadores para se incorporarem ao protesto. O ato público é parte da jornada do Dia Nacional de Luta, convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais mais importantes do país.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

14 de agosto: dia nacional de luta

Centrais sindicais e movimentos sociais organizam jornada de lutas em Natal
Protestos vão preparar o clima para o grande ato do dia 14 de agosto
As centrais sindicais e os movimentos sociais mais importantes do país vão realizar nesta semana, em Natal, uma jornada de protestos que culminará no grande ato do dia 14 de agosto. A ideia é preparar o clima de lutas no Rio Grande do Norte, unificando diversas categorias de trabalhadores para enfrentar as demissões, a redução salarial e os governos.
O MST, a Conlutas, a Intersindical e a Assembleia Popular organizaram várias manifestações e debates que ocorrem entre os dias 11 e 13. Muitas categorias já começaram suas campanhas salariais e estão dispostas a unificar as lutas para combater os patrões e os efeitos da crise econômica. A preparação para o dia 14 não envolve apenas a cidade de Natal. Os trabalhadores de municípios vizinhos também estão se mobilizando, como é o caso dos servidores da educação de Ceará-Mirim, em greve desde o dia 22 de julho.
Alexandre Guedes, um dos dirigentes da Conlutas no Rio Grande do Norte, avalia a construção dessa jornada de protestos como um momento muito importante para a luta dos trabalhadores. “Essa jornada é fundamental para os trabalhadores. É parte de uma ação em resposta à crise econômica, mas também é contra os responsáveis por ela. Além das empresas e bancos, é preciso enfrentar os administradores do capitalismo, como é o caso do governo Lula”, defendeu.

domingo, 9 de agosto de 2009

Greve dos trabalhadores da educação de Ceará-Mirim segue firme

Os trabalhadores da educação de Ceará-Mirim estão dispostos a manter firme a greve iniciada no mês passado. No entendimento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Ceará-Mirim (Sinte), a prefeitura não avançou muito nas negociações da última audiência, na sexta-feira passada. De acordo a coordenadora do sindicato, Ana Célia, “a pauta de reivindicações está longe de ser atendida”.

O prefeito Antônio Peixoto (PR) afirmou que pagaria 50% do 13º salário em setembro e que veria a possibilidade de atender o restante da pauta. No caso das denúncias contra os péssimos serviços da empresa que faz o transporte escolar, o prefeito disse que vai apurar os problemas. Sobre o reajuste salarial de 65% da categoria e o fim do contrato milionário com a empresa terceirizada Realce Terceirização e Construção, Antônio Peixoto afirmou apenas que consultaria o Tribunal de Contas para saber se seria possível o aumento de salário e a contratação de pessoal sem a empresa.

Quanto à questão da Insalubridade, a situação é a mesma das outras reivindicações. Continua sem avanços. A prefeitura disse que vai solicitar do Ministério do Trabalho um laudo para avaliar a necessidade ou não de pagar o direito. E a construção de refeitórios nas escolas do município só terá um cronograma no final de agosto.

O sindicato fará amanhã, às 8 horas, na sede do Sinte, uma assembléia de avaliação da audiência com o prefeito, além de discutir a continuação da greve, visto que as negociações não avançaram.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Crônica

Andando na prancha

JOÃO PAULO DA SILVA *

Embora a História oficial tenha documentado apenas um caso deste tipo de prática (no ano de 1829), reza a lenda que os piratas costumavam executar seus prisioneiros fazendo com que eles andassem sobre uma prancha até o encontro mortal com os tubarões. Se o método era uma forma recorrente ou não entre os corsários, pouco me importa neste momento. O que me interessa nessa história toda é a metáfora.
De tempos em tempos, o capitalismo é colocado para andar na prancha. Rebuliços econômicos, como este de agora, fazem parte de sua natureza paradoxal de produzir mais do que a sociedade pode consumir. A crise econômica é uma espécie de Frankenstein do capitalismo, responsável por agendar encontros periódicos entre o criador e a criatura. Quando isso acontece, os donos da festa vêem seus lucros diminuírem. E aí começa o pandemônio. Mas o fato dos capitalistas estarem andando na prancha não significa que, finalmente, eles vão nadar com os tubarões.
Demissões em massa, fechamento de empresas e redução de salários e direitos são algumas das formas encontradas pelo capitalismo para salvar a própria pele e retomar um novo período de lucros. É claro que o custo disso tudo é altíssimo, mas não tão alto para os magnatas. O aumento do desemprego, da fome, da miséria e da violência é sempre debitado na conta dos trabalhadores. Na história das crises do capitalismo, quem cria o problema não paga por ele. Faz os outros pagarem.
E pagar é realmente o termo que melhor se encaixa nessa tragédia toda. Desde que a turbulência econômica começou, o mundo já torrou trilhões na tentativa de salvar bancos e empresas de uma catástrofe maior. Detalhe: usando dinheiro público. Uma riqueza que não existe quando o assunto é aumentar os investimentos sociais. É incrível como esse pessoal sabe fazer mágica.
Nos últimos meses, executivos e governantes de muitos países vêm fazendo discursos efusivos, conclamando todos a se sacrificarem para tirar a economia mundial do buraco. Curioso: enquanto os bancos e as empresas estavam ganhando fortunas, ninguém chamou os trabalhadores para repartir o bolo. Agora, quando velhos fantasmas voltam a atormentar, eles aparecem com essa conversa de dividir os prejuízos.
Todos os dias o agravamento da crise faz o capitalismo andar um pouco mais sobre a prancha da História. Mas, para vê-lo realmente nadar com os tubarões, só falta mesmo alguém que dê um “empurrãozinho”.
(*) É jornalista

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ceará-Mirim

Trabalhadores em educação de Ceará-Mirim
fazem passeata e mantêm greve


Na manhã de hoje, 27, os trabalhadores em educação de Ceará-Mirim-RN, em greve desde o último dia 22, realizaram uma assembleia para encaminhar as próximas atividades do movimento. A categoria aprovou um calendário de lutas para o resto da semana e uma passeata, realizada logo após a assembleia. Como a prefeitura ainda não havia dado resposta sobre as reivindicações dos trabalhadores, também foi aprovada a manutenção da greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Ceará-Mirim, a paralisação tem adesão de 90% da categoria.

Passeata demonstrou força da greve
A passeata que ocorreu depois da assembleia mostrou a disposição da categoria em continuar na luta até que as reivindicações sejam atendidas. Estudantes das escolas da redondeza também participaram do protesto.


Durante o ato, dezenas de trabalhadores tomaram a Avenida General João Varela numa caminhada em direção ao prédio da prefeitura. O protesto denunciou o descaso do prefeito Antônio Peixoto (PR) com a educação pública e reforçou a pauta exigida por professores e funcionários.

Com faixas e carro de som, a manifestação também se posicionou contra as demissões e a redução de salários e direitos, motivadas pela crise econômica. Uma das faixas dizia: “Não vamos pagar por nenhuma crise, nem mundial nem municipal.”. A palavra de ordem mais cantada na passeata era “Greve, sim! Prefeito quis assim!”.

Prefeitura desrespeita trabalhadores

O protesto seguiu até a prefeitura, onde se concentrou para exigir uma audiência com o prefeito. De acordo com o coordenador do sindicato, José Roberto Silva, o município tem recursos para atender às reivindicações dos trabalhadores, mas o prefeito prefere garantir o lucro da empresa terceirizada Realce Terceirização e Construção. Ainda segundo José Roberto, a folha de pagamento dos professores não chega aos R$ 900 mil. Entretanto, em maio, os gastos do município com a empresa chegaram a R$ 1 mi e 700mil, conforme documento fornecido pelo contador da prefeitura.


(Clique na imagem para ampliar)
Na opinião dos trabalhadores, Antônio Peixoto está desrespeitando a categoria, que já acumula 30% de perdas salariais e não pode ser penalizada pela Lei de Responsabilidade Fiscal que impede o aumento dos investimentos no serviço público.
Após muita pressão do lado de fora, a secretária de gabinete do prefeito aceitou receber uma comissão de representantes dos trabalhadores e marcou para amanhã, às 10 horas, uma audiência de negociação com a prefeitura.
Mas os professores e os funcionários da educação de Ceará-Mirim sabem da urgência de sua pauta e não estão dispostos a aceitar qualquer proposta. “Caso não haja avanço na pauta de reivindicações, a greve vai continuar.”, garantiu a professora Eliane Xavier.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ceará-Mirim

Trabalhadores da educação de Ceará-Mirim entram em greve
Na última quarta-feira, 22, após a realização de uma assembleia, os professores e funcionários da educação de Ceará-Mirim entraram em greve. Entre as principais reivindicações da categoria, estão reajuste salarial de 65%, melhoria nas estruturas das escolas e ônibus escolares, inclusão dos funcionários no Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), adicional de insalubridade e atualização do PCCS dos professores.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Ceará-Mirim, José Roberto Silva, o prefeito Antônio Peixoto (PR) alega não ter dinheiro para atender às reivindicações dos trabalhadores. “Ele [o prefeito] diz que a arrecadação caiu, mas a prefeitura recebe do Fundeb R$ 1 milhão e 400 mil. Também foi contratada uma empresa terceirizada que em maio custou ao município R$ 1 milhão e 700 mil. Então, como não tem dinheiro?”, destacou.
O sindicato marcou para amanhã, às 8h, um ato público com o objetivo de divulgar a greve. A manifestação acontece na Feira de Ceará-Mirim, no Centro. E na segunda-feira, 27, será realizada uma assembleia para discutir as próximas atividades da greve.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Reunião da Coordenação Nacional da Conlutas acontece dias 25 e 26 no Rio e prepara dia 14 de agosto

A preparação do Dia Nacional de paralisações e protestos, em 14 de agosto, é um dos principais pontos de pauta
A reunião da Coordenação nacional da Conlutas acontece nos próximos dias 25 e 26, no Rio de Janeiro em meio a inúmeras e importantes atividades no movimento. Entre elas greve em categorias, campanhas salariais nacionais como metalúrgicos, bancários, petroleiros e trabalhadores dos Correios, eleições sindicais e congressos.

Apesar das tantas atividades, essa reunião é fundamental, principalmente para preparar a atuação da Conlutas no Dia Nacional de Lutas Unificado. Conforme defendeu na reunião das Centrais Sindicais, a Conlutas participa de protesto impulsionando greves e paralisaçõesond for possível. Queremos fazer desta data um grande dia de lutas. Para isso, é necessária a nossa organização.

Além desse, outros temas importantes serão discutidos como a reorganização do movimento, o balanço das atividades da Missão do Haiti no Brasil, o golpe em Honduras e as reuniões nacionais dos grupos de trabalho da Conlutas que aproveitam a reunião nacional para discutir política de atuação dos diversos setores que integram a central.

Abaixo, a pauta proposta para a reunião:

25 de julho – sábado

09 horas – Conjuntura (com informes das categorias que entram em campanha salarial no segundo semestre)13 horas – Almoço15 horas – Reorganização17 horas – Reunião dos GTs

26 de julho – domingo

09 horas – Prestação de contas e parecer do Conselho Fiscal11h30min – Internacional13 horas – Almoço15 horas – Informes dos GTs16 horas – Resoluções e Moções17 horas – Encerramento

Sobre o credenciamento: as Secretarias Executivas Estaduais receberão a listagem de suas respectivas entidades, com a indicação das que se encontram aptas a votar na reunião da Coordenação Nacional, de acordo com os critérios de participação e contribuição financeira. Essa resolução foi aprovada na última reunião da Coordenação Nacional.
*Extraído do site da Conlutas

14 de agosto: dia de luta

Vamos preparar grande dia de manifestações e paralisações em todo o país


Em reunião realizada na quarta feira passada (8/07), as Centrais Sindicais e os movimentos sociais mais importantes do país decidiram confirmar o dia 14 de agosto como um Dia Nacional Unificado de Lutas. Será a continuação da jornada realizada em 30 de março passado. As bandeiras fundamentais que serão o mote desta jornada são: Defesa do Emprego, Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução Salarial, Defesa dos Salários e dos Direitos dos Trabalhadores, além de outras reivindicações que comporão as bandeiras definidas unitariamente para embalar este processo de mobilização.

Como não houve consenso em definir este protesto centralmente como um dia de paralisação nacional, serão realizadas manifestações de rua e também de paralisações, de acordo com a definição de cada uma das centrais e das entidades de base, a partir da opinião de cada uma delas e da disposição de luta dos trabalhadores em suas bases. O caráter unitário será marcado pelas manifestações conjuntas a serem realizadas nas capitais dos estados.

A Conlutas produzirá seu próprio material de convocação e divulgação do Dia Nacional Unificado de Lutas, na medida em que não houve acordo para a confecção de uma convocatória comum.

A disputa política em torno ao caráter dos protestos

As duas divergências que surgiram na preparação desta jornada (paralisações e manifestações ou apenas manifestações de rua, e a divergência sobre o conteúdo da convocatória) refletem a mesma disputa sobre o caráter destes protestos que já identificamos em 30 de março. A Conlutas e outros setores combativos do movimento, como a Intersindical, etc, defendemos um processo de lutas que além de enfrentar os capitalistas e sua ofensiva para descarregar nas costas dos trabalhadores o peso da crise, enfrente também o governo Lula e governos estaduais que tem sido aliados fundamentais dos banqueiros e patrões em todo este processo.

A maioria das demais Centrais Sindicais, presas aos seus compromissos com o governo, rejeitam essa linha e tentam limitar a nossa jornada a um protesto contra a ganância dos patrões (com o que estamos 100% de acordo), mas isentando o governo de sua responsabilidade ou mesmo apoiando-o.
Apesar das diferenças existentes entre as organizações do movimento, a unidade de ação para realizarmos um grande protesto dia 14 de agosto é fundamental para este momento da luta dos trabalhadores. Por isto é obrigação e tarefa primeira de todos nós impulsionarmos toda mobilização possível nesta data.

Mas identificar as diferenças que vem ocorrendo no movimento é importante para que não hesitemos em difundir todas as nossas opiniões e bandeiras, seja na preparação desta jornada, seja nas atividades do próprio dia 14. É necessário e é legitimo que o façamos, da mesma forma que é legitimo que as demais organizações também o façam.

Fortalecer as campanhas salariais e as lutas em curso é parte da preparação do dia 14

Estamos no inicio da campanha salarial dos metalúrgicos, dos petroleiros, correios, bancários, ao mesmo tempo em que temos a luta do funcionalismo federal (em particular a greve da previdência), as mobilizações dos servidores municipais, as lutas dos diversos movimentos populares, como a do MTST, etc. Precisamos cercar de solidariedade essas e impulsionar as que for possível.

Essas mobilizações que estão ocorrendo precisam culminar em uma grande mobilização nacional dia 14 de agosto. É muito importante que busquemos organizar (a partir das campanhas salariais, a partir das lutas dos municipários, a partir das lutas dos servidores federais e estaduais, dos movimentos populares, dos estudantes, etc) greves e paralisações em todos o país onde houver real disposição dos trabalhadores para tal. As mobilizações de rua, passeatas são importantes e devemos fortalecê-las, mas esse não pode ser o limite das mobilizações do dia 14.

Construir as atividades e fortalecer a presença da Conlutas

Devemos ter a iniciativa de buscar as demais Centrais Sindicais, buscar todos os sindicatos, os movimentos sociais em cada estado para discutir a organização das atividades do dia 14 de agosto. Devemos ser ousados e buscar imprimir uma dinâmica mais forte às atividades, nos apoiando nas mobilizações existentes.

Ao buscar as demais Centrais e entidades para organizarmos conjuntamente as atividades nos estados não devemos nos descuidar do conteúdo dos materiais de convocação. Não podemos trabalhar com o material assinado nacionalmente por elas. Onde não for possível um texto comum, onde entre também a nossa política em relação ao governo e a nossa visão da crise econômica, devemos ter nosso próprio material.

Levantar as bandeiras da Conlutas - A mobilização do dia 14 conta com um conjunto de bandeiras unitárias. No entanto, isso não significa que deixaremos de lado as demais bandeiras que compõem a plataforma da Conlutas. A começar pela exigência dirigida ao governo Lula, para que ele pare de ajudar as empresas e bancos, frente aos efeitos da crise, e garanta o emprego dos trabalhadores, editando uma lei que proíba as demissões.

Jornal especial da Conlutas – A Conlutas produzirá um jornal especial para convocar o Dia Nacional Unificado de Lutas e para a difundir suas opiniões e bandeiras. Este jornal deverá estar pronto e impresso na reunião da Coordenação Nacional que acontecerá no Rio de Janeiro, das 25 e 26 de julho.

*Extraído do site da Conlutas

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ELEIÇÕES SINTE-RN

Oposição Unificada apresenta balanço das eleições do SINTE-RN
O resultado das eleições do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE-RN) trará mais três anos de uma política governista para a categoria. A reeleição da direção do SINTE, organizada na chapa 1, foi marcada por uma forte utilização do aparato do estado durante o processo eleitoral, no qual a intenção da diretoria sempre foi garantir a vitória a qualquer custo.

Os mais de 20 anos de políticas neoliberais, implementadas pelos governos Collor, Fernando Henrique, Lula, Vilma, Carlos Eduardo e Garibaldi, bem como o controle do SINTE pelo PT de Fátima Bezerra e Mineiro, causaram muito desgaste da direção do sindicato diante da categoria. Entretanto, a presença do PT – aliado a todo tipo de partido – nas prefeituras e no governo do Estado acabou enganando a categoria durante o processo.

Nesta eleição, a disputa da Oposição Unificada contra a direção do SINTE deixou de ser apenas sindical e passou a ser institucional, isto é, nunca a diretoria do sindicato se apoiou tanto no aparato estatal como neste ano. O governo Vilma, várias prefeituras, dezenas de secretários municipais, vereadores, deputados federais e estaduais, a exemplo de Fátima Bezerra e Mineiro, se apresentaram durante a eleição para impedir – de todas as formas – que a direção governista do SINTE perdesse o controle do sindicato. Além, é claro, da forte estrutura material que garantiu a utilização de dinheiro, carros, telefones etc.

Contudo, essa virada dos aparatos institucionais para socorrer a chapa 1 demonstra que havia, de fato, um desgaste da direção do SINTE junto aos trabalhadores. Só não estava muito claro o grau desse desgaste e seus desdobramentos, como é o caso do grande número de desfiliações do sindicato.
Há, também, a avaliação de que apenas um dia de votação é insuficiente para que todos os associados cheguem até as urnas. Em um universo de quase 30 mil filiados, pouco mais de 12 mil votaram. A eleição de um só dia acabou excluindo parte dos trabalhadores que não estavam nas escolas ou impossibilitados de irem votar.

Outro ponto que merece atenção é o fato de a chapa 3, da CTB, ter rompido com o PT às vésperas da eleição. Os também governistas da CTB não conseguiram se firmar como alternativa porque a categoria não reconheceu neles uma oposição de verdade, o que acabou custando muito caro para a chapa 3.

Mas, apesar de não ter saído vitoriosa das eleições, a Oposição Unificada reconhece que esta foi uma campanha diferente. A eleição de uma comissão eleitoral comprometida em garantir a lisura do processo foi muito importante. Do contrário, o resultado teria sido produzido por um conjunto de fraudes.

A Oposição Unificada não sai dessa eleição com o sentimento de derrota, pois sabe que – mais do que das outras vezes – enfrentou um forte aparato estatal disposto a tudo para ajudar seus aliados. A Oposição sabe, também, que cresceu em algumas regiões e plantou sementes importantes no interior do estado. Neste sentido, tem como objetivo manter seu compromisso em defesa dos trabalhadores contra os governos e ampliar – ainda mais – o trabalho de base para levar a categoria até a vitória.

domingo, 21 de junho de 2009

ELEIÇÕES SINTE/RN

Oposição Unificada convoca plenária de balanço
Reunião vai avaliar o resultado final da eleição do Sinte/RN e discutir os próximos passos de intervenção
Após a divulgação do resultado final da eleição do sindicato dos trabalhadores em educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), a Oposição Unificada marcou uma plenária de balanço da campanha da Chapa 2. A reunião vai avaliar o saldo do processo eleitoral e discutir os próximos planos da oposição daqui para frente. Além disso, também será apresentada a prestação de contas da chapa.
A plenária está marcada para o dia 26/06, às 15h, no auditório do Sindsaúde, localizado na Av. Rio Branco, nº 874, Cidade Alta – Natal.

Resultado Final da Eleição do Sinte/RN

Confira o resultado final da eleição do Sinte/RN:

Total de votos apurados – 12153

Chapa 1 – 6120 – 50,35%
Chapa 2 Oposição Unificada – 2862 – 23,55%
Chapa 3 – 2252 – 18,53%
Brancos – 650 – 5,35%
Nulos – 269 – 2,22%

sexta-feira, 19 de junho de 2009

ELEIÇÕES SINTE/RN

Já foram apuradas 134 urnas

O total de votos apurados já chega a 8970. Confira o resultado até o momento:


Chapa 1 - 4528
Chapa 2 Oposição - 1975
Chapa3 - 1817
Brancos - 451
Nulos - 199



Última atualização - 2h52.

ELEIÇÕES SINTE/RN

127 urnas apuradas

Veja a parcial:

Chapa 1 - 4333
Chapa 2 Oposição - 1882
Chapa3 -1764
Brancos -431
Nulos - 192


Última atualização - 2h19.

ELEIÇÕES SINTE/RN

113 urnas apuradas

Confira:

Chapa 1 - 3738
Chapa 2 Oposição - 1660
Chapa3 - 1687
Brancos -366
Nulos - 171



Última atualização - 1h46

ELEIÇÕES SINTE/RN

Urnas apuradas já são 102

Acompanhe a votação. Confira o resultado parcial:


Chapa 1 - 3398
Chapa 2 Oposição - 1518
Chapa3 - 1642
Brancos - 334
Nulos - 155



Última atualização - 1h22

ELEIÇÕES SINTE/RN

92 urnas apuradas

Acompanhe:


Chapa 1 - 3005
Chapa 2 Oposição - 1428
Chapa3 - 1539
Brancos -327
Nulos - 142



Atualizado às 00h26.

ELEIÇÕES SINTE/RN

Já são 80 urnas apuradas

Até agora a comissão apuradora contabilizou 5892 votos. Confira o resultado parcial:
Chapa 1 - 2678
Chapa 2 Oposição - 1356
Chapa3 - 1430
Brancos - 295
Nulos - 133
Atualizado às ooh05.

ELEIÇÕES SINTE/RN

72 urnas apuradas

Veja o resultado.

Chapa 1 - 2327
Chapa 2 Oposição - 1173
Chapa 3 -1279
Brancos - 254
Nulos - 110


Atualizado às 23h7.

ELEIÇÕES SINTE/RN

Apuração chega às 65 urnas

Já foram apurados 4724 votos. Confira o resultado parcial:


Chapa 1 - 2126
Chapa 2 Oposição - 1070
Chapa 3 - 1198
Brancos - 233
Nulos - 97


Atualizado às 22h48.

ELEIÇÕES SINTE/RN

Já foram apuradas 58 urnas

Confira o resultado:

Chapa 1 - 1940
Chapa 2 Oposição - 961
Chapa 3 - 1096
Brancos - 212
Nulos - 86

Atualizado às 21h47.

ELEIÇÕES SINTE/RN

47 urnas apuradas

Veja como está a votação:

Chapa 1 -1682
Chapa 2 Oposição - 803
Chapa 3 - 982
Brancos - 190
Nulos - 81


Atualizado às 20h55.

ELEIÇÕES SINTE/RN

Comissão Eleitoral já contabilizou 43 urnas

Até o momento já foram apurados 3350 votos. Destes, 1552 são da chapa 1. A chapa 3 está com 834 e a Oposição Unificada soma 728. Ainda restam quase 10 mil votos para serem apurados. A expectativa é de que a apuração entre pela madrugada.
Veja a porcentagem dos votos até agora:

Chapa 1 - 48%
Chapa 2 Oposição - 22%
Chapa 3 - 25%

ELEIÇÕES SINTE/RN

33 urnas apuradas

Acompanhe a votação:

Chapa 1 - 1316
Chapa 2 Oposição - 547
Chapa 3 - 697
Brancos - 129
Nulos - 56

ELEIÇÕES SINTE/RN

17 urnas já foram apuradas


Veja como está o resultado da apuração:

Chapa 1 - 756
Chapa 2 Oposição - 374
Chapa 3 - 462
Brancos - 72
Nulos - 34

ELEIÇÕES SINTE/RN

Começou a apuração das urnas

A apuração dos votos que vão decidir quem será a próxima direção do sindicato dos trabalhadores em educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) começou neste momento. As seis mesas apuradoras iniciaram os trabalhos de abertura das urnas e já deram início à contagem dos votos. Até agora três urnas foram apuradas. A chapa 1 e a Oposição estão empatadas. Confira o resultado parcial.

Chapa 1 - 55
Chapa 2 Oposição Unificada - 55
Chapa 3 - 34
Brancos e Nulos - 15

ELEIÇÕES SINTE/RN

Apuração dos votos começa agora à tarde

A Comissão Eleitoral que coordena a eleição para o sindicato dos trabalhadores em educação do Rio Grande do Norte informou que a apuração dos votos terá início agora à tarde, às 15h, na sede do SINTE. A comissão ainda não concluiu o processo de conferência dos votos em separado, iniciado no fim da tarde de ontem. De acordo com a comissão, o sistema que verifica se houve ou não duplicidade na votação é demorado. Entretanto, a apuração está garantida e irá começar mesmo com o processo de conferência dos votos em separado ainda em andamento.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

ELEIÇÃO SINTE/RN: Resultado sai amanhã

O resultado da eleição do sindicato dos trabalhadores em educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) só deve sair amanhã. As últimas urnas a serem recolhidas foram as de Umarizal, Angicos e Pau dos Ferros, por volta das 14h de hoje. Agora à tarde, a Comissão Eleitoral dará início ao processo de conferência dos votos, para avaliar se houve duplicidade na votação. A apuração está marcada para amanhã, às 9h, mas não há previsão de horário para divulgar o resultado.
O pleito para eleger a nova direção ocorreu durante todo o dia de ontem, das 7h às 22h, em todo o estado. Ao todo, foram 196 urnas distribuídas em 18 regionais. Cerca de 30 mil trabalhadores e trabalhadoras estavam aptos a votar. A Chapa 2 - Oposição Unificada fez uma campanha forte em defesa dos interesses da categoria e contra o governismo das chapas 1 e 3, lutando para ocupar o espaço existente no desejo de mudança de professores e funcionários.
Membros da chapa 2 e apoiadores fizeram uma campanha limpa, buscando o voto consciente de cada trabalhador indignado com a atual direção. A luta contra essa nefasta burocracia foi dura, mas a Oposição Unificada não esmoreceu nem por um segundo. Manteve-se firme, mesmo com a diretoria do SINTE utilizando os aparatos das prefeituras e do parlamento para vencer de qualquer jeito.
A Chapa 2 gostaria de convocar todos os apoiadores, trabalhadores e trabalhadoras a se fazerem presentes amanhã, no SINTE, para acompanhar e garantir a apuração dos votos. Aqueles que desejam reconstruir um sindicato combativo, democrático e independente precisam comparecer. A luta ainda não acabou.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Três Perguntas Para Dário Barbosa

ENTREVISTA: “A Oposição Unificada é diferente. Nunca se vendeu aos governos”

Candidato à Coordenação Geral do Sinte, o professor Dário Barbosa contou como surgiu a Oposição Unificada e explicou por que é importante votar na Chapa 2

Educador em Luta – Como surgiu a Oposição e há quanto tempo ela existe?

Dário Barbosa – A Oposição surgiu em 1994. Quer dizer, já são 15 anos de luta. Éramos um grupo de trabalhadores da educação que discordava dos rumos que a direção do Sinte introduziu para a categoria. Começou na década de 1990, no auge do neoliberalismo, da retirada de direitos e do desmonte da educação. E a saída encontrada pela diretoria do sindicato foi reduzir as lutas e aceitar as políticas neoliberais. Até chegar ao que temos hoje. Com a direção completamente aliada aos governos Lula, Vilma e demais prefeitos. Nós surgimos como alternativa de luta para retirar a burocracia governista e resgatar o sindicato para os trabalhadores.

Educador em Luta – Qual a importância da Oposição Unificada nesta eleição e para o movimento sindical como um todo?

Dário Barbosa – A importância é a possibilidade de os trabalhadores terem uma direção de luta e independente. A oposição, vencendo esta eleição, transformaria o Sinte num instrumento de luta não só para nossa categoria mas também para toda a classe trabalhadora, resgatando a solidariedade entre os lutadores. Uma vitória neste sindicato significaria um passo fundamental no processo de reorganização do movimento sindical, para enfrentar os ataques dos governos e os efeitos da crise econômica mundial.

Educador em Luta – Por que os trabalhadores da educação do Rio Grande do Norte devem votar na Chapa 2?

Dário Barbosa – Estamos chamando a categoria a votar na chapa 2 porque a Oposição Unificada é diferente. Ela nunca se vendeu aos governos e mantém sua independência e combatividade para poder lutar pelos direitos dos trabalhadores. Acreditamos que o sindicato deve ser da categoria, e não da burocracia que faz o jogo dos governos, traindo os trabalhadores nas greves e nas reivindicações. É por isso que chamamos o voto na chapa 2, para colocarmos Sinte na luta.

Três Perguntas Para Dalva Rabelo

ENTREVISTA: "A direção do Sinte tentava desmanchar o que a categoria decidia em assembleia."

Professora de Língua Portuguesa e componente da Chapa 2, Dalva Rabelo falou sobre o piso salarial, os direitos dos trabalhadores e o burocratismo da atual direção


Educador em Luta - Nas últimas greves, a direção do SINTE desrespeitou a democracia sindical e se recusou a cumprir as deliberações da categoria. O que a Oposição Unificada pensa disso?

Dalva Rabelo - Pensamos que essa é uma postura de quem se aliou ao governo para derrotar os trabalhadores. Na greve passada, a direção do sindicato tentava desmanchar o que a categoria decidia nas assembleias. Passavam dizendo que as escolas iam voltar. Tem uma cena que mostra bem o burocratismo dessa direção. Durante uma assembleia, a categoria queria continuar na luta, mas a direção resolveu decretar o fim da greve e até tomou o microfone das mãos da oposição.

Educador em luta - Quais são as principais propostas da Chapa 2 para a eleição do SINTE?

Dalva Rabelo - O carro-chefe de nossa campanha é a defesa de um sindicato combativo, democrático e independente dos governos. Defendemos, também, a luta por um Plano de Carreira que contemple as necessidades dos professores e incorpore os funcionários das escolas. Além disso, lutamos pelo piso salarial do DIEESE.

Educador em Luta - Ainda sobre o piso salarial dos trabalhadores em educação, como a Oposição Unificada vê realmente essa questão?

Dalva Rabelo - A Chapa 2 luta por um piso salarial para uma jornada de 20 horas. Defendemos que o piso do profissional em início de carreira seja de R$ 1.972, como afirma o DIEESE, e que as correções salariais sejam garantidas junto às promoções horizontais e verticais. Isso irá permitir não só uma melhora na vida do trabalhador como também uma melhor formação profissional.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ouça e baixe a vinheta da Oposição Unificada

A Chapa 2 - Oposição Unificada gravou uma vinheta que está tocando em algumas rádios do estado. Para ouvir nossa chamada de luta, basta clicar no play logo abaixo. Você também pode baixar o arquivo fazendo o download através do Real Player, o link aparece acima do cursor de áudio. Divulgue nossa vinheta e venha, no dia 17, reconstruir um SINTE combativo, democrático e independente dos governos.


Cordel e Boca de Urna da Oposição Unificada - Chapa 2

O time da Chapa 2 - Oposição Unificada produziu um belo material com os nomes dos nossos candidatos, que será entregue a você, trabalhador da educação. Nossa Boca de Urna traz também um cordel escrito pelo poeta Abaeté. Não deixe de conferir! Basta clicar nas imagens para ampliá-las.




Plenária Final

Avaliação positiva marca plenária final da Chapa 2

Oposição Unificada se fortalece na capital e no interior


Na tarde do último sábado, 13 de junho, no SINPOL, a Chapa 2 - Oposição Unificada realizou sua plenária final. Além dos membros da chapa, estiveram presentes também vários apoiadores. A reunião foi marcada por uma avaliação positiva da campanha, baseada nos informes trazidos das escolas da capital e do interior. A rejeição à direção governista do SINTE/RN está crescendo e o desejo de mudança da categoria está abrindo um espaço que vem sendo ocupado pela Oposição Unificada.

Ainda durante a plenária final, a Chapa 2 fez um repasse das contribuições financeiras que recebeu dos sindicatos até o momento. O apoio político e financeiro do movimento sindical combativo tem sido muito importante para o desenvolvimento da campanha. O entendimento da Oposição Unificada é que, para derrotar a burocracia governista da CUT e CTB, é preciso a união de todos os lutadores que não se venderam.

Oposição Unificada defende democracia de base


Uma das formas de combater o burocratismo nas organizações sindicais é aplicar a democracia de base. Isso significa que os trabalhadores devem decidir os rumos de suas próprias lutas. Não pode haver privilégios da diretoria em relação à base. O sindicato é da categoria. É assim que pensa a Chapa 2 - Oposição Unificada. Confira nossas propostas para democratizar o SINTE/RN.



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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mentira na Direção do SINTE/RN

Direção do SINTE tenta enganar trabalhadores com liberação de promoções verticais; decisão foi anunciada pelo governo às vésperas das eleições do sindicato


Na manhã da última sexta-feira, 05 de junho, no auditório da Secretária Estadual de Educação, a governadora Vilma de Faria (PSB), juntamente com a direção do SINTE/RN, anunciou a liberação de 6 mil promoções verticais para os professores da rede pública estadual. O governo e a direção do sindicato estão usando uma conquista da categoria para enganar os trabalhadores da educação às vésperas das eleições do SINTE.

O real número de promoções a serem pagas chega a 12 mil. O acordo da greve de 2007 definiu o pagamento de 7 mil promoções, mas a governadora anunciou apenas 2 mil, e não há nenhuma garantia de que o restante das 6 mil promoções anunciadas sejam pagas até o fim de junho.

Não somos contra a publicação e o pagamento das promoções verticais e horizontais, pois se tratam de direitos conquistados com muita luta da categoria. No entanto, não podemos deixar de dizer que esta liberação deveria ter ocorrido desde 2007, mas o governo Vilma só anunciou a publicação e o pagamento desses direitos poucos dias antes das eleições do SINTE. Isso significa que a governadora e várias secretarias de Estado já decidiram ajudar a Direção do SINTE que está concorrendo às eleições pelas Chapas 1 e 3. A Direção do SINTE é útil à governadora. É por isso que o governo faz um esforço de última hora para ajudar seus aliados.

A promoção vertical é reivindicada há quinze anos. O pagamento deste direito é fruto da luta dos trabalhadores durante várias greves, principalmente as de 2007 e 2009. Não se trata de um presente do governo e muito menos de uma vitória da atual diretoria do sindicato, que sempre esteve aliada à governadora Vilma para derrotar os trabalhadores em suas lutas. A categoria fez fortes greves para conquistar as promoções, enfrentando inclusive a própria direção do SINTE. No dia do anúncio, a governadora Vilma e o secretário da educação, Ruy Pereira (PT), afirmaram que o pagamento das promoções “representa o restabelecimento da relação de dignidade entre o governo e o SINTE.” Como se não bastasse, a diretora do sindicato, Fátima Cardoso, retribuiu dando os parabéns à governadora, o que demonstra a existência de um acordo entre as duas.

A diretoria do sindicato usa uma vitória da categoria para esconder a sua vergonhosa colaboração com o governo. Dessa forma, tenta se manter no controle da entidade e passar a imagem de que sempre lutou pelos interesses dos trabalhadores. Prova disso é que o anúncio foi feito às vésperas da eleição do SINTE, marcada para o dia 17 deste mês.

A atual diretoria do sindicato mente e tenta se apropriar de uma vitória dos trabalhadores para ganhar as eleições. O mérito da conquista das promoções pertence aos trabalhadores em educação. É preciso mudar a direção do SINTE para que esta e tantas outras reivindicações da categoria sejam concretizadas. Portanto, no dia 17 de junho, vote em quem é de luta e independente do governo. Vote Chapa 2 – Oposição Unificada.

Por que é importante votar na Chapa 2 - Oposição Unificada?

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Confira as propostas gerais da Oposição Unificada para o SINTE


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terça-feira, 9 de junho de 2009

Chapa 2 - Oposição Unificada convoca plenária final


Estamos chegando ao final da campanha para o SINTE/RN. Nós, da Chapa 2 - Oposição Unificada, queremos convidar você para participar da nossa plenária final. Será neste sábado, dia 13 de junho, no auditório do SINPOL. É hora de organizar os últimos detalhes para que, no próximo dia 17, os trabalhadores e trabalhadoras em educação possam dar o troco aos governistas das chapas 1 e 3.

VENHA E TRAGA MAIS LUTADORES COM VOCÊ!!


sábado, 6 de junho de 2009

Oposição Unificada faz nova plenária e campanha ganha mais fôlego

Membros da Chapa 2 - Oposição Unificada, juntamente com apoiadores, se reuniram neste sábado, 06 de junho, na Escola Estadual Anísio Teixeira, para avançar ainda mais na organização da campanha. Durante toda a manhã, a Oposição esteve avaliando as ações da última semana e preparando os próximos passos que serão intensificados no interior e na capital do estado.
O comprometimento das chapas 1 e 3 com a política dos governos faz aumentar a insatisfação da base com a atual diretoria do SINTE, que se dividiu nessas eleições e tenta enganar os trabalhadores se passando por oposição. Em Natal e no interior, vem crescendo a aceitação do programa da Oposição Unificada junto à categoria, o que está dando mais fôlego à campanha. Nessa reta final, a Chapa 2 quer conversar e ouvir ainda mais cada trabalhador da educação para se consolidar como alternativa aos governistas no dia 17 de junho.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Feijoada da Oposição Unificada - Chapa 2


No próximo sábado, 30 de maio, a Oposição Unificada - Chapa 2 vai realizar uma feijoada e quer convidar você e sua família para participar. Haverá cerveja gelada, música ao vivo, piscina e muita animação.
A confraternização acontece a partir das 10h, na Área de Lazer dos Bancários, rua Abel Cabral, Nova Parnamirim.
Participe!

Professor recebe salário de fome

Esta semana um membro da Chapa 2 - Oposição Unificada recebeu um e-mail que reflete a revoltante situação do ensino público e a dura realidade dos trabalhadores da educação. Bastante indignado, um professor de Física do ensino médio expôs que seu salário bruto, numa escola pública no interior da Bahia, é de R$ 650,00. "Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem curso superior e recebem minguados R$440,00.", conta o professor no e-mail.
Mas a justa revolta do professor não para por aí. Em sua mensagem, ele ainda afirmou ter "tomado um soco no estômago" ao descobrir quanto custa um parlamentar aos cofres públicos brasileiros. "Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545. Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior!", denuncia o professor de Física.
A Chapa 2 - Oposição Unificada sabe que o caso desse professor não é um caso isolado no ensino público do Brasil. Na verdade, faz parte da realidade da educação como um todo. As políticas neoliberais aplicadas durante quase 20 anos por Fernando Henrique e Lula destruíram as condições de trabalho e ensino nas escolas. No Rio Grande do Norte, a colaboração da atual direção do SINTE com os governos ajudou a impor baixos salários e perdas de direitos.
É para lutar contra esta situação que a Oposição Unificada chama toda a categoria para mudar a direção do SINTE no dia 17 de junho. É preciso um sindicato combativo e independente dos governos, que lute por um piso salarial do DIEESE, pelo plano de carreiras para professores e funcionários, reposição de perdas e reajuste de salários. Só com luta é possível reverter as péssimas condições de vida como a do professor de Física do interior da Bahia.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Oposição Unificada realiza plenária

No último sábado, 23 de maio, a Chapa 2 - Oposição Unificada realizou uma importante plenária na Federação dos Trabalhadores da Agricultura (FETARN). Mesmo com as fortes chuvas que caíram em Natal neste fim de semana, os membros da chapa, da categoria e demais apoiadores se reuniram para discutir os próximos passos da campanha.

Durante toda a manhã, cerca de 50 pessoas participaram da plenária organizativa, que serviu também para fortalecer a preparação política da Chapa 2. O encontro definiu as próximas visitas a serem feitas pela chapa, bem como a intensificação da campanha em Natal e no interior do estado durante essa semana.

A Oposição Unificada vem recebendo muitos informes animadores dos locais que já visitou. A boa receptividade da campanha diante da categoria vai confirmando - dia após dia - a disposição da base do SINTE em mudar a direção do sindicato. Esse sentimento de mudança está sendo canalizado pela Chapa 2, já que esta é a única independente dos governos e verdadeiramente de luta.

Materiais de campanha

Confira os materiais de campanha da Chapa 2 - Oposição Unificada e seja mais um multiplicador dessa luta. Você pode pegar os adesivos e o cartaz com nossos candidatos e apoiadores ou na sede da chapa, na Conlutas, Av. Rio Branco, 762-A (vizinho ao 6º Cartório) no Centro - Natal.

Adesivo Praguinha



Cartaz



Adesivo-carro












Se você quer reconstruir o SINTE, de luta, democrático e independente, junte-se a nós da Chapa 2 - Oposição Unificada.