Protestos e paralisações marcam o dia 14 em Natal
Passeata fecha avenida
As paralisações e os protestos ocorridos pela manhã eram a preparação para o grande ato de logo mais. Por volta das 15 horas, centenas de trabalhadores começaram a se concentrar no início da Avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade, para realizar uma passeata. Organizada pela Conlutas, Intersindical, CTB, Força Sindical, CGT, MST e diversos sindicatos, a manifestação reuniu cerca de 1000 pessoas em protesto contra os governos e os efeitos da crise econômica. A CUT foi a única que não compareceu ao protesto.
Com faixas, bandeiras e carros de som, os manifestantes fecharam a avenida e seguiram em caminhada pelas ruas do centro até o Calçadão da Rua João Pessoa, onde o ato foi encerrado. Durante o protesto, muitas palavras-de-ordem podiam ser ouvidas. “Crise econômica, não pago não! Quero dinheiro pra saúde e educação!” e “Pra banqueiro é bilhão! E para o povo é só gripe e demissão!”, eram as mais cantadas. A corrupção no Senado também foi alvo de protestos. Muitos manifestantes exigiam o “Fora Sarney” e a constituição de uma câmara parlamentar única com mandatos revogáveis.
“Os culpados pela crise têm nome”
Ao contrário das centrais sindicais governistas, a Conlutas não poupou denúncias ao governo Lula, principal responsável pelos ataques aos trabalhadores. Alexandre Guedes, dirigente da Conlutas no estado, culpou Lula pelas mais de 800 mil demissões no país. “O governo Lula até agora só tomou medidas para salvar os banqueiros da bancarrota. Mas não tomou nenhuma medida para evitar as demissões e impedir que a classe trabalhadora pague os prejuízos. Nós acreditamos que os trabalhadores têm que ter uma saída para a crise e essa saída precisa ser socialista.”, defendeu.
Ao final do ato, o clima entre os estudantes e trabalhadores era de que o primeiro passo para construir uma jornada de greves havia sido dado.
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