terça-feira, 26 de maio de 2009

Professor recebe salário de fome

Esta semana um membro da Chapa 2 - Oposição Unificada recebeu um e-mail que reflete a revoltante situação do ensino público e a dura realidade dos trabalhadores da educação. Bastante indignado, um professor de Física do ensino médio expôs que seu salário bruto, numa escola pública no interior da Bahia, é de R$ 650,00. "Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem curso superior e recebem minguados R$440,00.", conta o professor no e-mail.
Mas a justa revolta do professor não para por aí. Em sua mensagem, ele ainda afirmou ter "tomado um soco no estômago" ao descobrir quanto custa um parlamentar aos cofres públicos brasileiros. "Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545. Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior!", denuncia o professor de Física.
A Chapa 2 - Oposição Unificada sabe que o caso desse professor não é um caso isolado no ensino público do Brasil. Na verdade, faz parte da realidade da educação como um todo. As políticas neoliberais aplicadas durante quase 20 anos por Fernando Henrique e Lula destruíram as condições de trabalho e ensino nas escolas. No Rio Grande do Norte, a colaboração da atual direção do SINTE com os governos ajudou a impor baixos salários e perdas de direitos.
É para lutar contra esta situação que a Oposição Unificada chama toda a categoria para mudar a direção do SINTE no dia 17 de junho. É preciso um sindicato combativo e independente dos governos, que lute por um piso salarial do DIEESE, pelo plano de carreiras para professores e funcionários, reposição de perdas e reajuste de salários. Só com luta é possível reverter as péssimas condições de vida como a do professor de Física do interior da Bahia.

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