terça-feira, 15 de setembro de 2009

Unificação Conlutas/Intersindical

Entidades sindicais realizam seminário para debater unificação de centrais

No último dia 12, sábado, ocorreu em Natal (RN) um importante debate para o futuro da luta dos trabalhadores no país. O Seminário de Reorganização do Movimento Sindical, convocado pela Conlutas, Intersindical, Sindsaúde, Sindbancários, ANEL, Sinte-Umarizal/Ceará-Mirim e outras entidades, reuniu cerca de 120 trabalhadores e dirigentes sindicais, no auditório do Sinpol, para discuitir a construção de uma entidade unitária para a luta da classe trabalhadora no Brasil. O encontro é parte de muitos outros que estão ocorrendo pelo país, com o objetivo de preparar um seminário nacional de reorganização, marcado para novembro desse ano.


Pela manhã, os debatedores discutiram a crise econômica do capitalismo e a crise de direção do movimento sindical. À tarde, o debate se aprofundou sobre a necessidade de unificação da Conlutas com a Intersindical. José Maria de Almeida (Conlutas) e Edson Carneiro "Índio" (Intersindical) discutiram o caráter de uma ferramenta unitária de luta dos trabalhadores, discordando principalmente no ponto sobre quem a nova entidade deveria organizar. Índio defendeu que a entidade fosse apenas uma central sindical. Já Zé Maria argumentou que é preciso organizar todos os trabalhadores do país e que esta central deve ser sindical, popular e estudantil.



Durante o intervalo do seminário, Zé Maria falou sobre a importância do debate e sobre a necessidade de unificação da Conlutas com a Intersindical. Veja o vídeo.




terça-feira, 8 de setembro de 2009

Greve da Saúde em São Gonçalo

Prefeito de São Gonçalo usa truculência contra trabalhadores da saúde


Na manhã de hoje, 8, o prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN, Jaime Calado (PR), revelou mais uma vez como a truculência é uma das marcas de sua administração. Durante uma manifestação pacífica, os servidores da saúde do município, em greve desde o último dia 2, bloquearam a passagem do carro do prefeito, exigindo que ele apresentasse uma proposta sobre a pauta de reivindicações da categoria. Como resposta, Jaime Calado ameaçou processar os trabalhadores que protestavam e ainda permitiu que seu motorista avançasse com o carro sobre os trabalhadores.

As ameaças aconteceram por volta das 11 horas, em frente à Escola Municipal Maria das Neves. Após uma passeata, saída do gancho do Igapó em direção ao posto de saúde do Amarante, os servidores se dirigiram à escola, onde Jaime Calado realizava atividades da prefeitura.

Do lado de fora do prédio, em protesto pacífico, os trabalhadores pediam que o prefeito abrisse uma negociação com a categoria sobre a pauta da greve. Numa demonstração de intransigência e de antidemocracia, Jaime Calado primeiro chamou a polícia para intimidar os manifestantes, afirmando que o protesto estava atrapalhando as aulas. Os servidores resolveram interromper os protestos por vinte minutos até que as aulas terminassem.

Em seguida, ao sair da escola, o prefeito não só ignorou mais uma vez os servidores como também agiu com truculência, permitindo que seu motorista avançasse com o carro sobre uma trabalhadora. Ao final, ainda fez uma clara ameaça: pediu a um de seus assessores para filmar bem o rosto de cada um dos servidores, dizendo que iria processar todos que participaram do protesto. “Filme aí, que eu quero ver a cara de todo mundo. Vou processar um por um.”, ameaçava o prefeito.

Logo depois do protesto, o Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo recebeu uma liminar expedida pelo Juiz Paulo Sérgio da Silva Lima, da 1ª Vara Civil de São Gonçalo, a pedido da prefeitura do município. No documento, o juiz questiona o direito de greve dos servidores da saúde, determinando a paralisação ilegal, mesmo sendo garantido o funcionamento de 30% desse serviço essencial. A liminar ainda determina que, caso a greve não termine amanhã, às 11h30, o sindicato receberá uma multa de R$ 500 mil.

De acordo com o coordenador do Sindsaúde de São Gonçalo, Vivaldo Júnior, o sindicato não vai se intimidar diante das ameaças de Jaime Calado. “O Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo Amarante condena tais práticas truculentas e antidemocráticas do prefeito, que trata os servidores da saúde do município como se fossem criminosos, através de atos de violência e perseguições políticas.”, afirmou.

O Sindsaúde já acionou sua assessoria jurídica para recorrer da decisão judicial que torna a greve ilegal.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Greve da Saúde

Trabalahdores da saúde de São Gonçalo entram em greve amanhã


A partir de amanhã, 2, os trabalhadores da saúde do município de São Gonçalo do Amarante/RN vão cruzar os braços para defender seus direitos, salários e melhores condições de trabalho. É o que garante Vivaldo Júnior, um dos coordenadores do Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sinsdaúde/RN) de São Gonçalo.

De acordo com o coordenador, o prefeito Jaime Calado (PR) rejeitou a pauta de reivindicações dos trabalhadores, afirmando que não poderia atendê-la em virtude da diminuição do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ocasionada pela crise econômica mundial. “O prefeito diz que não tem dinheiro, mas em julho aprovou uma reforma administrativa que criou vários cargos comissionados a um custo de R$ 500 mil reais por mês.”, afirma Vivaldo Júnior.

Ainda de acordo com o sindicato, por mês, apenas com cargos comissionados, o gabinete do prefeito gasta R$ 33.400,00. Já a secretaria de comunicação e a secretaria de saúde consomem, respectivamente, R$ 22.000,00 e R$ 52.600,00. “Um verdadeiro absurdo frente aos salários pagos aos agentes de saúde e de endemias, que recebem R$ 465.”, denuncia Vivaldo.

A pauta da greve da saúde reivindica reajuste de 22,4% na tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS), atualização da gratificação de produtividade em 34% sobre o salário base, aquisição de equipamento de proteção individual, inclusão dos agentes de saúde no PCS e na gratificação de produtividade, além da realização de concurso público para todas as áreas da saúde.